quinta-feira, dezembro 31, 2009

Fundo do baú 11

AURORA

Ela olhou firme nos seus olhos
e disse,
de um jeito que só ela tem
quando não sabe o que
fazer com a vida:
- E eu deveria esquecer o Bruno?
- Deveria.
- Por quê?

Então ele sorriu de um jeito doce
que ela adorava, e moveu
os lábios
dizendo
sem se ouvir nada:
- Porque eu te amo, menina.

Ela olhou pra ele.
Os olhos aumentaram de tamanho,
os lábios encheram-se de sangue,
e o amor não agüentou e explodiu ali

num beijo.

terça-feira, dezembro 29, 2009

Fundo do baú 10

E como foi aniversário do rapá esses dias, segue abaixo:

A VIDA E A VIDA DO SENHOR JESUS CRISTO

Jesus Cristo é homem e santo.
As chagas das duas mãos são iguais.
O sangue escorrendo é vivo,
denso e pegajoso. Tinge a terra
quando cai. Não enxarca,
penetra profundo. Pelos túneis
das minhocas mais famintas vai.
Desvia de territórios sombrios,
por entre as rochas embrenha-se
e do outro lado sai.
Banha-se nos lençóis molhados da terra.
Espalha-se por todo mundo.
Refresca a garganta dos rei,
dos servos e dos asnos.
Evapora. E de lá bebem os anjos
e arcanjos, antes que se faça chuva.
Então tudo desce numa enxorrada.
As bananas da floresta molham-se
com o temporal.
Os picos, os carros e os recônditos vazios
- tudo, enfim.
Chove tanto que ninguém percebe,
em meio a tudo isso,
que Cristo é só pele e osso
sustentando uma cabeça chupada
que ainda respira!

Fundo do baú 9

MEU AVÔ ME DISSE...

A gente envelhece,
as rugas aparecem,
as orelhas crescem
e os pêlos caem.

A gente envelhece
e da memória tudo esquece,
mas o que permanece...
Como! Como a gente guarda!

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Fundo do baú 8

O CONTROLADOR DO MUNDO

O homem mais triste
é o Controlador do Mundo.

É tão triste este pobre humano
que seu corpo é duro.

Trabalho desconhecido e
sem descanso é o seu.
Cada flor,
cada dor,
cada moça que o moço beija
logo são capturadas pelo
Controlador do Mundo.

Cara amarrotada.
Boca murcha com os dentes
trancados dentro.
Ombros caídos e
cabeleira branca.
Este é o semblante do
Controlador do mundo.

Tem morte escrita este infeliz.
Vai cair do cavalo alto,
que a custo construiu,
desde o primeiro dia
em que se incubiu
de ser
o Controlador do Mundo,
o homem sem poder nenhum.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Fundo do baú 7

E pra espantar três poemas depressiventos em sequência, um dos meus preferidos de todos os tempos (o único que sei decor)... Doce tragédia!

PEQUENA AVENTURA

O piolho sapeca
pulou na cabeça do careca,
escorregou e
TCHIBUM!
Dentro do copo d'água.
O careca não viu
e bebeu por inteiro.
E o piolho faceiro, coitado!
Só queria um cantinho quentinho...
foi parar no turbilhão
do suco gástrico!

Fundo do baú 6

PARA O BEM

E por cima da moça distraída
passou o motoqueiro.
Sinal verde e ela não viu.
Ele está chorando...
- Moça! Moça!
Ela não responde, pois
dalí já está bem longe.
O rapaz, mais tarde, também
morrerá: um órgão interno sangra.
Vai pro céu, é bonzinho,
e vai encontrar a moça, linda, como antes
do acidente. Apaixonar-se-ão,
passarão eras de mãos
dadas e, aqui sim,
serão felizes para sempre.

Fundo do baú 5

PROFUNDO TÉDIO

A vida é a mãe do tédio,
não é verdade?
É impossível escapar.
Se não é ela quem pega,
cedo ou tarde,
o filho prender-te-á.

Têm dias que até respirar
dói, cansa e aborrece.
A mente vaga, enjoa
e volta,
pra morrer no mesmo lugar.
O peito aperta. A barriga cresce.
E as coisas murcham sem querer lutar.

É hora de ir embora
e dormir mais cedo.
Não há nada lá fora
que não te entristeça.
Um dia, meu amigo,
você morre.
É só esperar.

Fundo do baú 4

TERRA DE MISÉRIA

Era como se vivêssemos entre gigantes.
E o pior não era sermos pequeninos.
E sim que caminhavam, perdidos,
os gigantes no escuro.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Fundo do baú 3

Publicar textinhos antigos e mequetrefes é parecido com o procedimento das bandas que não conseguem mais emplacar nenhum sucesso e apelam para os CDs de coletânea de músicas dos "velhos e bons tempos". Não que meus textinhos antigos sejam dos "bons tempos" - e nem que hoje em dia alguém compre CD. A questão é a falta de criatividade! Mas, chega de papo e vamos lá:

TADEU

No primeiro encontro
Rita deu
um beijo de despedida e de
"boa noite, tenha uma noite tranqüila".

No segundo
Rita deu
seu verdadeiro nome
e-mail e telefone.

No terceiro
Rita deu
uma foto de corpo inteiro.

No quarto, pois ele
gostou da foto,
Rita deu
o lugar e a hora do encontro:
"Shopping Power, às cinco, em ponto".

No quinto, tarde fria
Rita deu
a entender o que queria:
ficar com ele por toda vida.

No sexto, danceteria
Rita deu um beijo
quente e apaixonadamente
dormiu com ele aquele dia.

No sétimo, ficou combinado
Rita deu o recado:
"Me pega hoje, depois do trabalho".

Pobre Rita!
Só então percebeu
que tudo o que ela deu
nada recebeu em troca!

Voltou sozinha
a pé
para casa.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Fábulas alucinadas 3 - O gato do mato

Um gato nasceu com medo de altura. Subia numa cadeira a muito custo. Encolhia-se todo e tremia até descer e se esconder. Ninguém entendia tal natureza tão inadequada à espécie.
Um dia, a família se mudou para um sobrado e o gato perdeu logo todas as sete vidas depois de subir os 28 degraus da escada e sofrer um ataque cardíaco ao olhar para baixo.
Sua alma, claro, foi para o inferno, uma vez que ainda subir às alturas, naquela altura, era pedir demais.

terça-feira, outubro 27, 2009

Fundo do baú 2

Aeee! Este foi em homenagem ao banheiro da república em que morava em Little London, que não parava de vazar! Bons e desgraçados tempos aqueles!

O BANHEIRO DO 602

Tudo vaza neste banheiro!
A pia espanou!
O chuveiro goteja!
A privada não dá descarga
e o bidê, sempre bonzinho,
revoltou-se
e começou a chorar!

Meu Deus do céu!
Já viu o preço do encanador?
Os olhos da cara...
Vinte reais só a visita!
Vou eu mesmo consertar
esta úmida algazarra!

Trago chave de boca, de olhos e ouvidos.
Chave inglesa, francesa e norueguesa.
Porcas, porcos e todo o resto da família.
Aperto isto, atarracho aquilo.
Tampo cá, solto acolá...
E continua tudo na mesma!

Desistir, pois nunca!
Nem que seja para piorar!
Mas, por enquanto, chega de arte.
Vou sair na surdina e mijar em outro lugar!

Até dentro de casa chove
nesta cidade de Londrina!

sábado, outubro 24, 2009

Fundo do baú

Achei um disquete (!) com umas tranqueiras velhas que vou estar colocando para você poder ir lendo, certo?
Este é de nove anos atrás. Quando eu era meio sádico e adorava um dramalhão gratuito.
Tbm tem um pouco de A Causa Secreta, do Machadóvsky, aí.

A PIADA

Sentado sobre o muro escutava
o menino a piada que dizia
o outro, seu amigo.

Ela, em palavras quanto
mais crescia, mais ao
menino gargalhadas levava.

Parar queria mas não podia,
na barriga já a dor incomodava.
A suportá-la, pois, foi
que o menino levou as coxas ao abdôme.

Dobrado, sem equilíbrio,
tombou do outro lado
e por um ferro retorcido
foi-lhe o peito perfurado.

Morto, foi velado,
chorado e sepultado.

O amigo, quando do enterro
voltava (e por ser amigo
no enterrro chorara),
sorriu e pensou que só
morrera seu amigo
por ter sido a piada
simplesmente perfeita.

quinta-feira, outubro 08, 2009

Histórias bizarras

Histórias bizarras! Estas sim! Sem limites! Não dão satisfação! Não explicam a que veio, apenas vão! Histórias bizarras te levam sem que você perceba. É aquela que você ouve sem querer e te prende. É aquela notinha de rodapé no jornal mais interessante que a manchete... Um livro de autor desconhecido que conta os fatos com uma mistureba especial. É uma cena bacana numa novela cheia de clichês. É um personagem interessante que por si só atrai acontecimentos inusitados. É a surpresa, o passo torto, a abertura do universo paralelo. Sem finalidade, sem alegoria. Ser por ser e basta! As conclusões são de cada um - e é melhor que não se tenha nenhuma conclusão. Sem prisões, rumo ao centro imóvel da roda - que não gira, mas sustenta e faz girar tudo em volta... Deixa girar! Ar! Vento! Pano balançando! Fluxo intermitente. O mundo vivo é aquele que se move.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Poema do peão de boiadeiro

Pula, pula o peão!
Rala o saco, assa a bunda
no lombo do boizão!
Pula, pula, se segura!
O tombo é alto,
a vida é curta
- e o chão não é colchão!

Prestenção:
o chifre apontado
quer furar tua fuça.
A pata pesada
quer moer tua nuca.
O touro valente
desce o sarrafo no tenente.
- Em você, então, peão...
(Minuto de silêncio)

Tira o chapéu e reza!
Junta as mão e peça!
Ave Maria, cheia de graça...
Forte que ela atende!

Se não atende,
volta mais tarde,
- se mais tarde,
não for tarde demais.

quarta-feira, agosto 26, 2009

Caravana

A caravana segue.
Em frente, sem parar.
Nunca parou, sempre em frente.
Segue, segue a caravana.

Não há escolha.
Não há como ficar para trás.
Para trás não existe.
Pois a caravana é tudo o que existe.

Dá teu braço,
acerta o passo,
olha em frente.
E a luz será profunda,
- luz do sol -
que caminha com a gente...
Bem como a lua e todas as estrelas.

terça-feira, agosto 04, 2009

Trilha

Viriato sentia-se bem. Caminhou 40 minutos em chão de terra e agora voltava para casa, sorriso nos lábios. Eram cinco e 15, férias, mulher no trabalho e filhos na escola. Sozinho, tudo dele, pra ele - só pra ele. Oh yes!
Tirou meia e tênis fedorentos, jogou a camiseta sobre a mesa de jantar, tirou o short na cozinha, pegou uma cerveja e foi pra sala. Ligou a TV no canal mais ordinário. Curtia programa de baixaria, gente resolvendo perrengues pessoais na frente das câmeras. Achava um absurdo lindo coisas do tipo.
Adormeceu sentado. Sonhou que era gigante e caminhava na praia. Em certo momento, o mar lhe chamou: "venha". Ele foi e só ficou com a cabeça pra fora, observando. Um pelicano pensou que aquilo fosse uma ilha e pousou no cocoruto. Então, Viriato se cansou e voltou à areia. A coroa de penas não lhe incomodava, nem aos outros.
Acordou e esqueceu de tudo. Espreguiçou e escutou as costas estalarem. Sentiu um calafrio subir a espinha, uma onda boa de energia. Fez o muque, sentiu-se grande - e foi tomar banho.
Lavava o pé quando notou na sola uma pinta inédita. Pensou que fosse sujeira e esfregou. Nada. Mais forte e nada. Era pinta mesmo. Preta, lá não muito pequena, quase mancha. Ficou intrigado, desligou o chuveiro e examinou mais de perto, sentado na cama.
Então, o troço mudou de forma. Viriato tomou um susto e começou a sacudir o pé, horrorizado. Não saiu. Passou a unha, não saiu. Esfregou no chão e nada. A pinta agora era uma perfeita saúva.
"Jesus Christ!", exclamou o homem, que adorava inglês. "Por onde andei?"
Lá do alto, de trás das nuvens, O Cara respondeu - sem ser ouvido: "Dos quatro elementos, só falta o fogo". E lançou em Viriato a vontade de comer hamburguer que, desajeitado, queimou o dedo na frigideira.

sábado, julho 25, 2009

Entrega

Quando foi trancafiado, Miranda, jovem de 19 anos, belo, branco feito giz, olhos claros e cabelo curto, não entendeu porque um dos enfermeiros lhe disse:
- Bem-vindo ao circo do inferno.
Jogaram-no numa sala, toda escura, cadeira no centro, iluminada de cima por um holofote.
- Vire pra cá, não é Deus que tá te olhando lá de cima.
Foi a ordem que lhe deu um sujeito 2 por 2, de regatas e sangue nos olhos. Miranda girou o corpo pra esquerda, cumprindo o que senhor capitão mandou - mas o rosto (pum!) foi pro sentido inverso, tal o safanão lhe pregaram no rosto.
Cuspe. Pé no peito. E o homem gritando:
- Se já não é, começa a ficar! Gosto aqui de todo mundo louco!!!
Outro sopapo, na orelha do outro lado. Agora sim, as duas metades iguais, inchadas.
O cérebro ainda zumbia quando lhe enfiaram no quarto. Branco, todo branco e pelado, um colchonete só encostado à parede do fundo, a parede que tinha a grade, a grade que era muito alta para ele saber o que era lá fora.
Passou 6 anos trancafiado. Vendo a gavetinha da porta abrir e a mão peluda empurrar tigela de comida nojeita, uma vez ao dia. Saía só pra apanhar e no trajeto, via outros carregados pra outras salas. Escutava berros. Ouvia risadas. Dentes rangendo. Gatas no cio. O vento chacoalhando as folhas. Um grilo. Uma cigarra. Os carros na rodovia distante. Ficou bom de ouvido.
Quando saiu, livre!, o brilho do sol tão forte embaçou-lhe a vista. Tinha um saco com duas calças, camisetas, meias e cuecas limpas. 20 quilos a menos e a menor ideia pra onde ia. Não se lembrava que era entregador de pizza e tocara a campainha errada.

sexta-feira, julho 24, 2009

Espinha

Viver é se fuder, pensava em voz alta João Josefino, debaixo do chuveiro, depois de tomar dois quarteirões de chuva na cabeça.
Quando a gente se fode, a casca engrossa, aprende na marra, na porrada, enquanto tá ainda tonto do cacete. Cambaleia, cai, levanta e continua. Assim pensava ele, enquanto tirava xampu da orelha.
Se fosse um dia de azar, vá lá, mas João não andava bem com a vida. Sozinho, sem niguém pra telefonar, dois ônibus por dia, ida e volta, dinheiro curto, trabalho chato e intenso. Almoçar almoçava, mal. Jantar era um copo de leite, chá da tarde, bolacha água e sal. Café da manhã, água sem ser gelada, pra não dar arrepio no dente.
Viver é se fuder. E em se fudendo, a gente vai vivendo, dizia ele, enquanto desenhava um Snoopy feito de CU no box do banheiro.
30 anos e a careca crescia. O ralo cheio de cabelo. A pança branca e redonda das cervejas que bebia sem ninguém, sentado na padaria da esquina. Depois subia, assistia TV no escuro e amanhecia com um raio penetra de sol, que a cortina furada não tapava às 6h30 da manhã.
O dia ontem foi quente. 10 pilhas pra terminar. Quanto mais trabalho, mas raiva de Margô, a perua ruiva de aparelho no dente sentada ao lado. Não que lhe fizesse algo, mas o perfume era muito doce àquela hora. João, nosso querido, cuja má vontade era deste tamanho, então trabalhava com marra maior ainda.
No ponto, o ônibus chegou lotado. 1h depois, pegou outro - cheio um pouco mais. Chegou onde descia - e chuva! Molhou o gibi do Batman que havia adquirido. Só chove nesta cidade bendita!
Namorada não tinha, rolinho não tinha, nem uma boa vizinha pra se olhar da janela do prédio. Os amigos tavam longe, o melhor já havia morrido - bem como o pai mala e a mãe gorduchinha.
Restava ele, João Josefino, enxugando as costas defronte ao espelho, examinando o pus duma espinha que brotava da testa e dizendo a si mesmo: fuder é se viver.

sexta-feira, junho 05, 2009

Reza

Os mais sagrados sábios
sentaram-se à minha frente,
olharam-me nos olhos
e, uníssono, disseram inclementes:
- Larga de ser besta!

Besta fera sou,
assim assumo, realmente.
E em frente aos mais sagrados sábios
saquei do coldre minha cartucheira.

Sete foram os disparos.
Sete foram os furos
no meio de sete testas.
Mas, os mais sagrados sábios
continuaram sentados.

Espantado
chorei, berrei, urrei por clemência.
- Piedade, disseram eles,
é nome de cidade do interior paulista.
Conte até dois,
pois antes do três,
você vai morrer.

Arregalei os olhos,
riram os sete.
Contei um,
contei dois
e antes de dizer três
minha mente foi pro espaço-além.

Lá do alto, lá de cima,
mirei a Terra e memorizei:
as cento e setenta e duas mil
setecentas e setenta e sete
esquinas por que passei.

Resta-me aprender agora
o quanto é fundo e bonito
o que vai do zero
ao topo do infinito.

domingo, maio 10, 2009

Tecnologia (ma non troppo)

Como é bom
você brincar
de rabiscar
e não tá nem aí!

Como é lindo
se matar com o mouse
ficar tudo torto
e deixar assim,
sem sentido!

Sentido, já falei*,
é coisa de soldado.
Soldado é coisa de quartel
e o quartel mais próximo
fica bem longe daqui...

Pois, ora veja:
o estresse passa,
a depressão esgarça,
e a angústia desengusteia
quando você desenha
no Paint do Windows!

* http://lucaslourenco.blogspot.com/2008/10/nonsense-02.html

segunda-feira, abril 27, 2009

Anda!

Sem saber para que lado andar
ando sempre sem temer
onde vou chegar.

Onde vou chegar
para que saber?
Saber daria dor de encefalia!
Fora isso, surpreender-me-ia o quê?

Meus passos eu sigo,
não passo meus passos.
Paro quando param.
Disparo quando precisam.

Pois, um sábio assoviou no meu ouvido
que o caminho mais bonito
é também mais esquisito.

quinta-feira, abril 23, 2009

Final Crisis

A crise criou críticos pobremas.
Eu fui demitido.
Antonio ficou, mas tá de saco cheio...
Pressão, pressão, pressão, pressão, pressão!
Até parece funk!

E agora, José?
O jeito é rezar pro Obama?
God save Obama!
Erguei as mãos e louvai!
Será que ele resolve?

Pena o mundo ser feliz a prazo.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Bora, bora!

O Carnaval chegou,
e eu trabalhei manhã, tarde e a noite inteira!
Mas, hoje é sexta-feira!
O que é de ruim se acabou,
o que era triste se espatifou
- e o SAMU levou embora...

Agora é hora: prepara-te!
Põe um short, se tu és de short.
A minissaia, se tua perna é bonita.
Vamos para o baile cair na put air yeah!
Hoje é festa, dura pouco, aproveita!
Escova os dentes e paquera a moça mais bonita!
É Carnaval, quem sabe ela topa
partir contigo e viver a vida de arlequina!