segunda-feira, fevereiro 22, 2016

Filósofo de botequim

O meio do meio do teu eu,
aquela coisa lá tão bem guardada
enfiada tão dentro
que tu não sabes - mas sentes!
bem onde fica,
é tão infinita
que chegar lá
é tudo - e só - o que importa.

terça-feira, fevereiro 16, 2016

Meu pai foi a um acampamento da igreja e a organização pediu um texto aos filhos, para homenageá-lo.
Saiu esse. O véio gostou, e eu gostei que ele gostou. Tudo certo!

Meu pai e eu.
Tão parecidos!

O mesmo olhar,
o mesmo jeito de sentar,
mesmo pé,
mesma mão,
mesmo time do coração.

Igual lerdeza,
igual certeza
de que tudo tem seu lugar,
pode pegar, pode usar,
mas devolva, é obrigação.

O barulho da chave nos incomoda,
gente enrolada, meu Deus, é soda!
Pois lá em casa o papo é reto,
não tem firula,
tudo é direto,
e chatice se resolve no palavrão.

Meu pai e eu.
Tão diferentes!

Pula essa parte,
conserva os dentes,
pra que discussão?

Iguais fomos feitos
para unir, manter e amar.
Diferentes
para aprender, perdoar e amar
- ainda mais!

Que assim sempre seja,
com água, refrigerante ou cerveja,
amém!